quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

1ª Jornada Científica de Violão da UFMT


1ª JORNADA CIENTÍFICA DO VIOLÃO NA UFMT: UM MOMENTO DE PARTILHA E APRENDIZADO
por William Agnelo e Thiago Augusto de Oliveira (bolsistas PIBIC/CNPq/UFMT)

Foi realizada com êxito a "1ª Jornada Científica do Violão" no dia 16 de dezembro de 2016 nas dependências da Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Cuiabá/MT, onde professores, acadêmicos e convidados puderam partilhar e adquirir novos conhecimentos sobre este grande instrumento musical que é o violão.
O evento foi organizado pela Faculdade de Comunicação e Artes da UFMT, Bacharelado em Música, integrando o projeto de pesquisa “Bach no violão de Brasil e América Latina” coordenado pela professora  Teresinha Prada aprovado pela PROPEQ/UFMT com o apoio dos discentes Thiago Augusto de Oliveira e William Agnelo bolsistas do Programa de Iniciação Científica (PIBIC).
O objetivo desta 1ª Jornada era tratar do violão  em suas perspectivas de Performance e Pesquisa, trazendo para discussão entre os participantes três eixos temáticos, sendo eles: A homenagem ao Centenário de grandes nomes do Violão em especial Abel Carlevaro; a pesquisa em andamento sobre Bach e Violão, e por fim,  a Vanguarda na escrita para Violão de Leo Brouwer.
Interessante destacar algumas atividades que marcaram este momento, como a videoconferência sobre “O centenário de grandes nomes do Violão Clássico”, como Antonio Rago, Dilermando Reis, Abel Carlevaro e Alberto Ginastera, momento compartilhado pelo professor Dr. Gilson Antunes da Universidade de Campinas – (UNICAMP).
Outra docente que abrilhantou nosso evento foi a professora Dra. Teresinha Prada da Universidade Federal de Mato Grosso discorrendo sobre “Dodecafonismo e sonoridades em Cronomias de Abel Carlevaro”   na sessão de vídeo-músicas comentadas.
            Continuando a programação da 1ª Jornada Científica do Violão na UFMT, na parte da tarde aconteceu às 14h na sala 34 o Recital-conferência PIBIC (Programa de Iniciação Científica). O recital-conferência foi dedicado a pesquisa em andamento sobre Bach e o Violão. Os bolsistas Thiago Augusto de Oliveira Pinto e William Agnelo da Costa fizeram a abertura do recital com algumas falas.
            O bolsista Thiago Augusto falou sobre a modalidade de Bolsa PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), explicando que a mesma tem por finalidade o incentivo à pesquisa nas instituições ofertando bolsas de iniciação científica à estudantes de graduação integrados na pesquisa científica, e como tem sido abordar a Música como conhecimento científico.
            Em seguida, o bolsista William Agnelo explicou sobre a pesquisa “Bach no violão de Brasil e América Latina”. Falou sobre a influência do Bach em obras de alguns compositores latino-americanos estudados na pesquisa, dando exemplos ao violão.
Bolsistas William Agnelo e Thiago Augusto fizeram comunicações sobre o PIBIC.


Durante todo o dia (das 9h da manhã às 21h) os presentes puderam participar de diversas atividades entre videoconferências, sessão de vídeo-músicas comentadas, recital, Recital-conferência PIBIC, Trio de Violões da UFMT, concerto entre outras atividades que abrilhantaram ainda mais nosso evento.
A equipe organizadora agradece a todos os presentes nesta 1ª Jornada, aos que contribuíram de forma direta ou indiretamente para que este evento se tornasse um sucesso.

Público atento, entre docentes e discentes

Videoconferência do Prof.Dr. Gilson Antunes (Unicamp)

Palestra da Profa. Dra. Teresinha Prada






http://www.tyrannusmelancholicus.com.br/noticias/8372/1-jornada-cientifica-de-violao-da-ufmt





sexta-feira, 15 de julho de 2016

Recital de Violão dia 15 de julho




Daniel Ferreira Barbosa


Daniel Ferreira Barbosa executou obras de vários períodos...
... e Hoberdan Peno apresentou mais o repertório de Leo Brouwer e Villa-Lobos



Hoberdan Peno





domingo, 3 de julho de 2016

Seminário final da disciplina Tópicos Especiais em América Latina no ECCO

Na tarde de 1º de julho de 2016, discentes do programa de pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO/FCA/UFMT apresentaram seus trabalhos finais da disciplina Tópicos Especiais em América Latina, que versou sobre Brasilidade e Latinidade na Música de Concerto Contemporânea. Imersão cultural e conceitos teóricos basilares foram a tônica do encontro.

Durante o curso e Seminário, exemplos musicais foram ouvidos em audições ao vivo ou recorrendo à rede Internet. Falar de cultura musical e Poéticas Contemporâneas necessita de abertura para manifestações fundamentadas, expressividade estimulada e materialização de ideias e teorias em situações de fato práticas,  o que foi buscado pela turma em entendimento com a docente Teresinha Prada. 

Assim, foi possível experienciar uma parte do grande instrumental tradicional e multiétinco andino, por exemplo, bem como sua ambiência tradicional em enlace com obras de Música Nova, como de autores Alberto Ginastera e Coriún Aharonián; os ritmos de origem afro, os "tambores que falam" e sua ação em conjunto com o Rito, como na Santería cubana, chegando à música urbana, em especial o Samba carioca, além de gêneros musicais afrocaribenhos; o fator iberoamericano, também de múltiplas origens étnicas foi debatido no curso, enfim a heterogeneidade cultural e híbrida latino-americana, por meio da historicidade e vivência musical, propostas ao grupo.

Segue uma síntese do curso e Seminário e o registro do trabalho dos pesquisadores envolvidos.

Durante o curso, Glaucos Monteiro trouxe instrumental andino, de sopros e cordas...

Esse contato foi importante porque na sequência do curso foi percebida  a essência desse instrumental em obras de música de concerto contemporânea. 


Possibilidade de imersão cultural nesse verdadeiro universo que é o meio cultural andino.
Música ao vivo foi apresentada em contextos de reflexão dessa identidade que permeia a América Latina em uma abordagem etnomusicológica.


No Seminário, uma típica mesa de festa, espaço-tempo do Samba, foi encenada para reviver processos socioculturais pelos quais esse gênero musical foi se estabelecendo...


...sem prescindir da agonia dos antepassados africanos...


... muito bem rememorada por Oneide Freire com sua récita de trecho do Navio Negreiro de Castro Alves: "Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro… ou se é verdade. Tanto horror perante os céus?!"... "é infâmia demais!..."

O instrumental afro, como atabaque, caxixi e berimbau, foi trazido pelo grupo de Heloísa de Carvalho, Neusa Baptista e Oneide Freire que trataram da temática da ressonância da matriz africana na cultura brasileira, na sua extensão e sobrevivência.

Mais um momento de imersão...
... roda de umbigada, a provável origem do Samba, como apontam os autores estudados pelo grupo...


... canto, dança, presença do ser (muntu) e da corporeidade afros (bantu) na dimensão cultural do Samba.
Gabriel Faria, em sua fala, trouxe um aporte filosófico para a abordagem da Arte, retomando os conceitos de sensível (Aesthesis) e os afetos, utilizando Pareyson e Nietzsche. Para a música contemporânea de concerto, essa questão confronta as forças ativas (do artista, de sua produção) às reativas e reacionárias

Helen Luce Pereira abordou a brasilidade, resistência e identidade cultural latino-americana no repertório de música litúrgica do meio Metodista apresentando obras de contexto brasileiro tanto em gêneros musicais como em textos identificadores da realidade brasileira.

Glaucos Monteiro realizou um vídeo em que demonstrou a confluência latino-americana na música, popular e erudita, como postura de engajamento, de resistência ao cotidiano das ditaduras e como meio de dar visibilidade e voz às nossas questões identitárias e de dominação de culturas
Claudio Aurélio Dias apresentou parte de um trabalho etnomusicológico que realizou em Humaitá (Amazonas), em uma festa popular que reúne religiosidade e música.


Luiz Augusto Leite e André Sontak se uniram para abordar o Ritual Fúnebre Bororo. Luiz Augusto sintetizou conceitos de teorias culturais abordados ao longo do curso.  Sontak mostrou o trabalho de imersão no universo ritual do povo Bororo, que o grupo de teatro Faces, de Primavera do Leste-MT, realiza no presente, com o espetáculo Boé.

Ana Lia Rodrigues abordou os conceitos de Arte em Pareyson, a problemática  do fazer arte e fazer com arte. Também retomou a questão etnomusicológica da extensão de gêneros musicais de origens ibéricas em manifestações brasileiras.


Arthur Galvão apresentou o tema "Democracia, Juventude e Arte", a partir do recente acontecimento das ocupações de escolas secundaristas em Mato Grosso. Tal experiência conferiu uma abertura para reflexão sobre arte e resistência.
 

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Em Cuiabá, encontro para a 32ª Bienal: Arte, Vida e Incertezas.

Na tarde do último sábado, dia 21 de maio, o programa de pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, ECCO, integrante da novíssima Faculdade de Comunicação e Artes da UFMT, foi parceiro de um importante evento internacional, a 32ª Bienal de São Paulo.

À Cuiabá veio a Curadoria dessa edição: Jochen Volz (Alemanha), Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil), Lars Bang Larsen (Dinamarca) e Sofía Olascoaga (México), no que foi denominado "Dias de Estudo", uma iniciativa importantíssima de se deslocar previamente para pontos-chave de Brasil e mundo em busca de uma dimensão ativista, emblemática e (trans)formadora, para o que virá a ser essa 32ª Bienal – sem dúvida, a situação política vivida pelo Brasil vai sublimar a experiência dessa Bienal, em dimensões ainda inimagináveis.

Cuiabá  – o centro geodésico, o ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico – foi escolhida por estar no coração desse maravilhoso bioma sempre em risco, sempre cobiçado, e ligado ao conhecimento milenar das civilizações aqui presentes.

Segue uma síntese do que foi esse marcante encontro, que com certeza ainda estar por gerar muitos trabalhos de nossos artistas-pesquisadores do ECCO, presentes a esse Dia de Estudo.

Parabéns à Curadoria da 32ª Bienal pelo fomento do diálogo e uma proposta tão viva.

Para saber mais sobre a 32ª Bienal:
http://www.bienal.org.br/evento.php?i=2365

Para saber mais sobre os Dias de Estudo da 32ª Bienal:
http://bienal.org.br/post.php?i=2356


O curador Jochen Volz destaca a Incerteza como viés dessa Bienal, e cita as Artes, 
como a Música, no seu quê de improviso, no poder das aberturas.


Joca Terron embarca a plateia numa leitura de seu "Curva de rio sujo", parte de suas memórias inacabadas e absolutamente incertas, reverberando em nós.




Bené Fonteles, em saudações ao coração do Brasil. Ele que viveu em, recebeu 
e se deu a Cuiabá. Sua performance fará parte dessa 32ª Bienal.

Naine Terena nos lança um desafio. Quem calçaria esses chinelos?

Num emocionante ato, a jornalista Naine Terena lança ao chão os chinelos, 
que recolheu há anos, quando saiu de sua terra, e hoje são um emblema 
de tantas perdas fatais. Quem quer sentir na pele o que é ser espoliado 
e ainda culpabilizado por isso?

Plateia se identifica, se despe e se reveste.

Vivências, recriações de experiências agora vêm à tona. Simples gestos revelam 
o que já sabíamos... "Quando terá sido o óbvio."

A co-curadora Júlia Rebouças que deu voz e vez para que o debate ocorresse.


Encerrando o encontro, a presença marcante de Tetê Espíndola, para quem o bioma 
do Planalto Central nunca foi mistério, num diálogo de profundo respeito; arte e vida.

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Seguem mais momentos :

Ludmila Brandão, docente do ECCO, dá as boas-vindas a todos.



Diversos povos e gerações reunidos num desejo de somar.
 
Larissa Freire relembra o Manifesto Mosaico Cuiabano (1977)



Álvaro Tukano, a serenidade.





segunda-feira, 9 de maio de 2016

Fotos do concerto de Música de Câmara - 09 de maio

Sob orientação do Prof. Dr. Oliver Yatsugafu aconteceu 
o concerto de Música de Câmara, apresentando 
várias formações instrumentais.


O Conjunto de Violões da UFMT abriu o concerto, executando a sinfonia da Cantata 106 de J. S. Bach (1685-1750), em arranjo da profa. Dra. Teresinha Prada para cinco vozes : Violão 1 - William Agnelo, Violão 2, Teresinha Prada, Violão 3 - Thiago Augusto, Violão 4 - Daniel Barbosa, Violão 5 - Álvaro Luiz e Gabriel Vinícius e Baixo Contínuo - Jone Luiz.


Em seguida, em duo de violões, Teresinha Prada e Hoberdan Peno apresentaram a Dança 
Espanhola nº 2, Oriental, de Enrique Granados (1867-1916).



Roberto Victorio (violão) e Rômulo Ronny (canto) apresentaram duas obras: A Mulher e o Dragão de Gilberto Mendes (1922-2016) e Ballad de Phyllis Tate.



Um quinteto de violões foi formado por Teresinha Prada, Hoberdan Peno, William Agnelo, Thiago Augusto e Roberto Victorio para executar as Miniaturas I e II de Victorio.



Na sequência, uma estreia, Kinder Trio de Victorio foi apresentada, por Oliver Yatsugafu (violino), Teresinha Prada e Roberto Victorio (violões).



Outra estreia foi a Melodia I de Manoel Neto, discente do Bacharelado em Composição, sob orientação de Roberto Victorio,  executada por Oliver Yatsugafu (Violino) e Victorio (piano).



E de Cleiciano Pereira, ex-aluno do curso de Educação Artística, foi apresentada Quinquae Viae, para duo de violões: Teresinha Prada e Roberto Victorio.

Dando prosseguimento ao evento, Niger Ortega (clarineta), Jizele André (oboé) e Rute Gomes (fagote) executaram o primeiro movimento das Cinco Peças em Trio de Jacques Ibert (1890-1962).


O duo Iasmin Medeiros (canto) e William Agnelo (violão) apresentaram a Cantilena das Bachianas Brasileiras nº 5 de Heitor Villa-Lobos, poema de Ruth Valadares.

Maicow André (piano) e Jeyvaldo Anjos (trompete) realizaram a obra Carta para Anastacia de Maicow André.

De Lobo de Mesquita (1746 -1805), Maycow André regeu o Kyrie da Missa em Fá maior, com Caroline Kelli e Vanderson Silva (violinos), Emanuel Erasmo (viola), Bárbara Sol (violoncelo), Maurílio de Souza (clarineta), Iasmin Medeiros (soprano), Ana Rafaela (contralto), Adriano Dantas (tenor) e Davi dos Anjos (barítono).


O Quarteto de Cordas formado por Caroline Kelli, Vanderson da Silva, Emanuel Erasmo e Barbara Sol executou o Quarteto em Fá maior opus 3 nº 5 de R. Hoffsteter. 

Auditório térreo da FCA esteve lotado.

O trio formado pelos professores Oliver Yatsugafu, Zeca Lacerda e Roberto Victorio encerrou o concerto com as Exominiaturas VIII de Victorio.