segunda-feira, 23 de maio de 2016

Em Cuiabá, encontro para a 32ª Bienal: Arte, Vida e Incertezas.

Na tarde do último sábado, dia 21 de maio, o programa de pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, ECCO, integrante da novíssima Faculdade de Comunicação e Artes da UFMT, foi parceiro de um importante evento internacional, a 32ª Bienal de São Paulo.

À Cuiabá veio a Curadoria dessa edição: Jochen Volz (Alemanha), Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil), Lars Bang Larsen (Dinamarca) e Sofía Olascoaga (México), no que foi denominado "Dias de Estudo", uma iniciativa importantíssima de se deslocar previamente para pontos-chave de Brasil e mundo em busca de uma dimensão ativista, emblemática e (trans)formadora, para o que virá a ser essa 32ª Bienal – sem dúvida, a situação política vivida pelo Brasil vai sublimar a experiência dessa Bienal, em dimensões ainda inimagináveis.

Cuiabá  – o centro geodésico, o ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico – foi escolhida por estar no coração desse maravilhoso bioma sempre em risco, sempre cobiçado, e ligado ao conhecimento milenar das civilizações aqui presentes.

Segue uma síntese do que foi esse marcante encontro, que com certeza ainda estar por gerar muitos trabalhos de nossos artistas-pesquisadores do ECCO, presentes a esse Dia de Estudo.

Parabéns à Curadoria da 32ª Bienal pelo fomento do diálogo e uma proposta tão viva.

Para saber mais sobre a 32ª Bienal:
http://www.bienal.org.br/evento.php?i=2365

Para saber mais sobre os Dias de Estudo da 32ª Bienal:
http://bienal.org.br/post.php?i=2356


O curador Jochen Volz destaca a Incerteza como viés dessa Bienal, e cita as Artes, 
como a Música, no seu quê de improviso, no poder das aberturas.


Joca Terron embarca a plateia numa leitura de seu "Curva de rio sujo", parte de suas memórias inacabadas e absolutamente incertas, reverberando em nós.




Bené Fonteles, em saudações ao coração do Brasil. Ele que viveu em, recebeu 
e se deu a Cuiabá. Sua performance fará parte dessa 32ª Bienal.

Naine Terena nos lança um desafio. Quem calçaria esses chinelos?

Num emocionante ato, a jornalista Naine Terena lança ao chão os chinelos, 
que recolheu há anos, quando saiu de sua terra, e hoje são um emblema 
de tantas perdas fatais. Quem quer sentir na pele o que é ser espoliado 
e ainda culpabilizado por isso?

Plateia se identifica, se despe e se reveste.

Vivências, recriações de experiências agora vêm à tona. Simples gestos revelam 
o que já sabíamos... "Quando terá sido o óbvio."

A co-curadora Júlia Rebouças que deu voz e vez para que o debate ocorresse.


Encerrando o encontro, a presença marcante de Tetê Espíndola, para quem o bioma 
do Planalto Central nunca foi mistério, num diálogo de profundo respeito; arte e vida.

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Seguem mais momentos :

Ludmila Brandão, docente do ECCO, dá as boas-vindas a todos.



Diversos povos e gerações reunidos num desejo de somar.
 
Larissa Freire relembra o Manifesto Mosaico Cuiabano (1977)



Álvaro Tukano, a serenidade.





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