sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Concerto da classe de Clarineta ... hoje à tarde 01 de agosto

Com obras de Mozart, Stamitz, Ravel e Debussy, os alunos de clarineta do Prof. Dr. Vinícius Fraga do Bacharelado em Música mostraram seus trabalhos.
Foi hoje à tarde no Auditório do IL.

Vejam as fotos:

Jessica Gubert e Luis Renato Dias

Niger Ortega e Taís Helena Palhares

Niger Ortega e Janaina de Morais

Lidiane Alves e Luis Renato Dias

Lidiane Alves e Rodrigo Cavalcanti 



Não é exagero dizer que as composições de Mozart para clarineta ajudaram a consolidar o instrumento em sua aceitação na orquestra e na música de câmara. Dentre essas obras, o Concerto K.622 tornou-se talvez a principal referência. Uma das últimas obras do compositor, o Concerto K.622 foi composto para um instrumento ligeiramente diferente do atual e pouco usado mesmo naquela época, chamado de clarineta de basseto, e cuja principal diferença consistia no acréscimo de mais quatro notas na tessitura grave. Ao editar a obra, o editor da época decidiu transcrevê-la para a tessitura da clarineta normal. Com o original perdido, não sabemos ao certo qual eram as notas utilizadas no registro adicional, e a execução do Concerto é quase sempre um exercício de escolhas das possibilidades que implicam a transposição para a clarineta atual. É obra praticamente obrigatória em nove de cada dez concursos para clarineta.
Mozart ouviu maravilhado a clarineta pela primeira vez na prestigiada orquestra de Mannhein, onde o clarinetista era Carl Stamitz. Ele próprio foi autor de uma série de Concertos, muitos dos quais perdidos atualmente. O Concerto N°3 é um desses poucos restantes, onde é possível perceber a escrita para clarineta no período ligeiramente anterior (e diferente) ao de Mozart. O registro grave do instrumento é muito mais usado em arpejos, e praticamente as melodias em graus conjuntos se desenvolvem quase sempre nas notas agudas.
Um século separa as composições dos vienenses de Ravel e Debussy, dois expoentes da música francesa do começo do século XX. A Pavane pour une infante défunte de Ravel é uma obra da juventude do compositor, original para piano e dedicada à sua patronese. A Petit Pièce de Debussy foi uma obra que compôs para os célebres concursos do Conservatório de Paris como leitura à primeira vista. Juntas, as duas obras são extratos diferenciados da produção desses compositores e demonstram as diferenças de abordagem entre um expoente do Neoclassicismo francês (Ravel) e o principal representante na música do Impressionismo (Debussy).

(texto do programa de Concerto de Clarineta, de autoria de Vinícius Fraga)

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