domingo, 24 de agosto de 2014

Concerto de violão... próxima quarta-feira...


CONCERTO DE VIOLÃO 
CLASSES I & III - Bacharelado em Violão da UFMT 
Quarta-feira – 27 DE AGOSTO DE 2014 
18h00 
AUDITÓRIO DO IL – TÉRREO 


ÁLVARO LUIZ DA SILVA ORMOND


DILERMANDO REIS

  • UMA VALSA E DOIS AMORES
  • MAGOADO
  • SE ELA PERGUNTAR
  • TEMPO DE CRIANÇA


JOEL CARVALHO DE AMORIM

LEO BROUWER
  • ESTUDIOS SENCILLOS 1 & 5

HEITOR VILLA-LOBOS
  • MAZURKA-CHORO
  • PRELÚDIO 1


CÉSAR GUERRA-PEIXE
  • PRELÚDIO 5

SOBRE AS OBRAS DO CONCERTO


Tratar da obra de Dilermando Reis (1916-1977) corresponde a falar de uma parte substancial do violão brasileiro – diversos violonistas relatam ter iniciado suas trajetórias ouvindo e se inspirando na carreira desse paulista de Guaratinguetá que em seu tempo foi um dos músicos mais conhecidos do Brasil, com mais de 60 LPS gravados, nos quais registrou grande parte de suas composições de choros e valsas; as quatro obras aqui apresentadas estão entre as mais consagradas desse compositor.

Atingindo uma força criadora de primeiríssima grandeza, o cubano Leo Brouwer (1939-) surge no meio musical a partir do final da década de 50 do século XX. Sua série de estudos Sencillos (simples) para o violão, iniciada em 1960, surpreendeu o meio acadêmico e artístico pela reunião de elementos técnicos fundamentais a aspectos distintamente contemporâneos, de sonoridades únicas e logo reconhecíveis – a essência de elementos afrocubanos em uma ambiência de vanguarda.

O repertório violonístico de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) representa um marco na história mundial do instrumento. A qualidade atingida pelo compositor carioca na criação musical em seu instrumento de formação é reconhecida internacionalmente. O violão foi seu aliado para compor, expressar-se musicalmente, bem como para as noites boemias. A elegante Mazurka-Choro (1910) é de uma fase seresteira e uma de suas primeiras composições. Na sua volta definitiva ao Brasil após duas temporadas em Paris, onde se apresentou como um artista de vanguarda, Villa-Lobos reiterou sua força expressiva por meio de vários composições de caráter mais tradicional como é a série dos 5 Prelúdios (1940), cujo Prelúdio 1 presta homenagem ao homem do campo.

Na recente história da música erudita do Brasil, César Guerra-Peixe (1914-1993) viveu um dos episódios mais marcantes ao passar do Dodecafonismo, tendência composicional ligada às inovações, para o Nacionalismo, e isso por razões ideológicas, para se aproximar das massas. O violão esteve presente nas duas fases de Guerra-Peixe, quando em 1946 ele compõe uma Suíte para o instrumento, seguindo o processo composicional serial dodecafônica, e na década de 70 uma série de 5 Prelúdios todos de cunho mais nacionalista e regional. O Prelúdio nº 5 é um típico ponteado composto dentro do ambiente sonoro nordestino.

Teresinha Prada

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