segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Concerto Classe de Violão II... na sexta... dia 22 de agosto

CONCERTO DE VIOLÃO

WILLIAM AGNELO & HOBERDAN PENO








CONCERTO DE VIOLÃO

WILLIAM AGNELO & HOBERDAN PENO

22 de agosto de 2014 - 15h30

Auditório do Instituto de Linguagens - térreo

Obras solo de Villa-Lobos, Torroba, Tansman e duo de violões com Renascença Inglesa.



WILLIAM AGNELO
ROMANCE DE LOS PINOS – FEDERICO MORENO TORROBA
BARCAROLA – ALEXANDRE TANSMAN
PRELÚDIO 4 / ESTUDO 8 – HEITOR VILLA-LOBOS

HOBERDAN PENO
MAZURKA-CHORO
PRELÚDIO 3                        HEITOR VILLA-LOBOS
PRELÚDIO 1




DUO DE VIOLÕES
LA ROSSIGNOL – ANÔNIMO
TOY FOR TWO LUTES – THOMAS ROBINSON




SOBRE AS OBRAS DO CONCERTO

O espanhol Federico Moreno Torroba (1891-1982) é de uma geração que conviveu com o consagrado violonista Andrés Segovia, dedicando-lhe muitas obras. Romance de los Pinos (Romance dos Pinheiros) é da série Castillos de España, que homenageia dezenas de castelos ao redor da Espanha, num estilo romântico tardio.
Alexandre Tansman (1897-1986) também viveu o período de forte influência de Segovia; a Barcarola é um dos movimentos da Cavatina, a obra mais reconhecida desse compositor franco-polonês.
O repertório violonístico de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) representa um marco na história mundial do instrumento. A qualidade atingida pelo compositor carioca na criação musical em seu instrumento de formação é reconhecida internacionalmente. O violão foi seu aliado para compor, expressar-se musicalmente, bem como para as noites boemias. 
A elegante Mazurka-Choro (1910) é de uma fase seresteira e uma de suas primeiras composições, que mais tarde seria editada dentro da Suite Populaire Bresilienne da editora francesa Max Eschig.
Durante sua segunda estada em Paris, Villa-Lobos compôs a série 12 Études (12 Estudos, 1926-1929), provocando uma verdadeira revolução no modo de se encarar o instrumento, que persistia em um Romantismo anacrônico, quase clássico ainda; com essa formidável obra, o violão dá um salto técnico e poietico até então impensável, demorando inclusive para ser assimilado pelos violonistas – a Segovia mesmo, a quem a série é dedicada, não lhe agradava a linguagem dos estudos, mas executou inúmeras vezes o nº 1 e 7. O Estudo 8 possui uma liberdade expressiva e contrastante entre uma Introdução algo soturna nos baixos e uma subsequente melodia singela que súbito se abre para um estilo improvisatório.
Na volta de sua estada em Paris, Villa-Lobos reiterou sua força expressiva por meio da série dos 5 Prelúdios (1940), rendendo homenagens ao homem do campo (Prelúdio 1), ao Índio (Prelúdio 4) e a Johann Sebastian Bach (Prelúdio 3) – a obra do gênio alemão era uma paixão admitida por Villa-Lobos.
As origens dos instrumentos musicais são algo muito difícil de se precisar pela antiguidade da atividade musical do homem, mas sabe-se que o violão como pertencente à família das cordas pinçadas possui uma simultaneidade de ocorrências entre Ocidente e Oriente, tendo a Península Ibérica como ponto de encontro de inúmeras culturas, assim surgindo um antepassado em especial que é a vihuela. Por outro lado, o profícuo repertório da família dos alaúdes (lute em Inglês, que vem do árabe, El úd) também permitiu ao violão assimilar toda a linhagem desse repertório por proximidade física dos instrumentos (quantidade de cordas e extensão dos trastos). La Rossignol e Toy for Two Lutes são exemplos da Renascença Inglesa, publicados em várias coletâneas que bem representam a época elizabetana.
  Teresinha Prada

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